Você sabia que 1 em cada 10 mulheres, em todo o mundo, tem ou terá Endometriose ? Apesar da relativa frequência, a doença ainda é, por vezes, negligenciada por pacientes e por profissionais de saúde!
Você já ouviu falar sobre essa doença?
Em julho de 2022, a cantora Anitta anunciou, nas suas redes sociais, que foi diagnosticada com ENDOMETRIOSE e havia optado pelo tratamento cirúrgico da doença.
O anúncio jogou luz sobre um mal que afeta mais de 8 milhões de mulheres no Brasil! Esses números podem até ser maiores, uma vez que quase 50% das mulheres são assintomáticas ou ainda não entenderam que a dor não pode e nem deve ser naturalizada, o que retarda o diagnóstico.
Quando os sintomas estão presentes, a dor é a característica mais importante. No entanto, a intensidade da dor não é, necessariamente, um indicador da extensão da doença. Pode acontecer de uma paciente com endometriose leve ter dor incapacitante, enquanto outra, com endometriose avançada, ser assintomática ou referir dor leve.
Com frequência, ouvimos relatos de mulheres que só conseguiram chegar ao diagnóstico dessa enfermidade vários anos depois do início dos sintomas. E isso afeta, sobremaneira, a qualidade de vida delas. Cólica menstrual NÃO é um sintoma natural na vida da MULHER. Estamos falando de uma doença crônica, de diagnóstico difícil, que acomete mulheres na fase reprodutiva!
O QUE É ENDOMETRIOSE?
Presença de células do endométrio , implantadas fora do útero. Pode acometer bexiga, intestinos, apêndice, ovários, vagina, ureter, pulmões, diafragma, sistema nervoso central, parede abdominal e, até, cicatrizes cirúrgicas do abdômen e pelve . É uma condição crônica e benigna.
O endométrio é uma membrana que reveste, internamente, o útero e é influenciado por hormônios durante o ciclo menstrual. É o local onde o embrião se implanta na gravidez. Se não houver fecundação, boa parte do endométrio será eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo.
ENTENDA OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA ENDOMETRIOSE:
-cólicas menstruais intensas, cíclicas e crônicas;
-dores durante a relação sexual ou até mesmo para defecar e urinar;
-menstruação volumosa.
-infertilidade;
-dificuldades na gestação (parto prematuro, abortamentos espontâneos, etc).
Em muitos casos, a doença pode ser bastante incapacitante e afeta a qualidade de vida da mulher, causando transtornos na vida pessoal, profissional e até sexual!
COMO SE DIAGNOSTICA A DOENÇA?
1- Exame ginecológico (principais queixas, exame físico):
- dor pélvica cíclica
- dificuldade de engravidar
2- Mapeamento do abdômen e pelve, através da ultrassonografia (requer preparo intestinal).
3 – Ressonância contrastada da pelve – considerada o exame padrão ouro, ou seja, o melhor exame de imagem no diagnóstico da endometriose.
4 – Videolaparoscopia – procedimento invasivo por vídeo-cirurgia, no qual o médico visualiza diretamente os focos de endometriose, na cavidade abdominal e os retira. É utilizada em casos mais graves ou em pacientes que desejam engravidar.
5 – Biópsia do material retirado na laparoscopia – diagnóstico de certeza da endometriose.
É muito importante que se disseminem informações verdadeiras sobre a doença, suas características, sintomas, consequências e formas de tratamento!
É impossível proteger o que não se conhece! Saiba mais sobre o problema! E não deixe passar despercebido! Não normalize dor pélvica, cólica menstrual, dor na relação sexual. Lembre-se, ainda que alguns casos de endometriose são assintomáticos, o que reforça a importância da prevenção e acompanhamento com médico especialista.
Mantenha suas consultas ginecológicas e exames preventivos em dia. O diagnóstico precoce define o tratamento a ser adotado e aumenta a chance de sucesso.
